Quem nunca ficou desesperada ao ver que o bebê se esgana de tanto chorar sem que a gente saiba o verdadeiro motivo?
O choro do bebê é atormentador e pode chegar a ser desesperante para qualquer pessoa, inclusive para a própria mãe.
A explicação antropológica para esse choro extremamente irritante é que, dessa forma, qualquer pessoa tentará atender as necessidades do bebê imediatamente para assim deixar de ser “torturado” com os gritos.
É assim mesmo, a natureza tem tudo bem pensado. Os bebês são frágeis e indefesos e necessitam 100% dos cuidados de um adulto para poder sobreviver. Assim que, para conservar a espécie humana é preciso:
Assim que, não é culpa do bebê, nem ele chora para te manipular de forma consciente. Ele age por instinto e também sofre até que a necessidade dele é atendida.
E não é culpa sua de sentir essa aversão pelo choro do seu bebê. Mas lembre que você é uma pessoa adulta que se supõe que deve saber lidar com as suas frustrações, ou pelo menos, tentar não se descontrolar.
O neném chora sempre por um motivo. Nunca pense que ele chora por manha ou para te irritar. É impossível que ele já tenha a capacidade de manipulação nem de agir conscientemente nesse aspecto. Se ele está chorando, ele necessita algo e você (junto com outros cuidadores) é a responsável de satisfazer a necessidade dele.
Quando um bebê chora e não recebe resposta ele entra em um estado de estresse tal que começa a gerar um hormônio chamado cortisol. Quanto mais ele se estresse, mais cortisol vai produzir. E sabe o efeito do cortisol gerado de forma prolongada no cérebro? Ele mata neurônios.
Mas não é só isso. Pouco a pouco o bebê vai percebendo que não adianta chorar porque a necessidade dele não vai ser atendida. Ele aprende isso e cresce com a ideia de que ele não vale nada. De que não tem ninguém que lhe proteja, que está desamparado e acaba perdendo a confiança nos cuidadores.
E então é quando ele vai aceitando isso e já chora cada vez menos porque sabe que não adianta nada. E se torna o típico bebê bonzinho, que não protesta, que todo mundo adora.
Mas se analisássemos o cérebro desses bebês, nos encontraríamos que uma área concreta está diminuída: o hipocampo.
O hipocampo é a região do cérebro chave para a memória emocional. Imagine a importância que tem!
Em estudos científicos sobre esse tema, se encontrou que bebês órfãos, que viviam em orfanatos onde não eram devidamente atendidos presentavam cérebros com hipocampo pequeno em comparação a bebês que viviam com a família e tinham as suas necessidades bem cobertas.
Futuramente, essas crianças se tornavam adultos apáticos, depressivos e cheios de carências afetivas e baixa autoestima.
Então, nunca siga essas recomendações absurdas de deixar o bebê chorando para ele se acostumar a deixar de chorar. Ele vai se acostumar sim, mas baixo umas consequências que podem marcar a personalidade dele para sempre!
Nenhuma mãe suporta ver o seu bebê se acabando de chorar sem saber muito bem o porquê nem como ajudar ele.
E como o bebê não sabe dizer o que está acontecendo, o que temos que fazer é tentar adivinhar.
Para isso, podemos formular essas 7 perguntas até encontrar a resposta:
Os bebês necessitam braços. Sim, é uma necessidade mais.
Às vezes somente por companhia, por ter a certeza de que está a salvo, protegido. Outras vezes por se sentir inseguro.
Ele necessita contato físico e saber que os cuidadores (normalmente mãe e pai) estão o mais perto possível dele. E o mais perto possível é no colo mesmo.
Pega ele e coloca bem coladinho em você.
É evidente que um bebê com a fralda cheia de xixi ou de cocô acaba chorando. Há quem afirma que é pelo cheiro e quem acha que é porque se sentem incômodos mesmo.
O certo é que não deveríamos esperar a que o bebê nos avise mediante o choro de que tem a fralda suja já que podem acabar com a pele delicada do bumbum muito irritada e já chegar a sentir dor.
Um bebê nunca deveria chegar a chorar de fome. Antes de começar a chorar, ele mostra certos sinais de que quer comer. Se esses sinais não são atendidos é quando ele vai botar a boca no trombone!
Também a sede pode ser manifestada com o choro.
Os bebês de menos de 6 meses já sabemos que não precisam de água porque já têm a quantidade correta no leite materno ou mesmo na fórmula preparada. Tenham fome ou sede, dê o leite.
Mas os bebês mais velhos, não devemos nos esquecer de oferecer água também.
Quando o bebê está com sono ele também mostra certos sinais que, de não serem atendidos acabará em choro vivo!
Aproveite para colocar ele para dormir quando começar a ficar mais quietinho, bocejar, esfregar os olhos…
Quando já está tão furioso que chega a chorar, aí é mais difícil que consiga conciliar o sono.
E aqui me refiro ao desconforto que provoca o frio, o calor, uma etiqueta da roupa que arranhe, ou uma postura incômoda.
Para saber se é frio ou calor basta tocar a nuca ou as costas em busca de frieza ou suor e não exagere na quantidade de vestimenta nem peque de vestir fresco demais.
Sinta a temperatura do ambiente e julgue você mesma. Só é preciso colocar um pouquinho de nada mais de roupa que nós já que eles não se movem muito e podem sentir um pouquinho mais de frieza. Mas nada exagerado.
Se for recém-nascido, as mãos normalmente estão frias mesmo que ele não esteja passando frio.
Será que a roupa está apertada? Procura também etiquetas em contato direto com a pele (devem-se cortar antes de usar), ou muda ele de posição.
Isso acontece muito quando estão passando de braço em braço como por exemplo, numa reunião familiar onde a tia, o primo a avó e até a vizinha pegam ele no colo. Isso gera ansiedade no bebê.
O único colo que ele necessita é o da mãe (e o do pai). Veja aqui post que escrevi sobre isso.
Também se esteve exposto a ruídos fortes ou luzes e telas de aparelhos eletrônicos.
Coloca ele num lugar silencioso ou com uma musiquinha tranquila e bem baixinha, coloca uma luz bem fraquinha e indireta.
Tente acalmar ele falando ou cantando bem baixinho. Também, o contato pele a pele com ele faz efeito calmante.
Cólicas, dor de ouvido, garganta, nariz entupido, febre, dor de gengiva quando os dentes estão nascendo, unha encravada, fio de cabelo (normalmente nosso) enrolado num dedinho e cortando a circulação…
Pense em tudo isso antes de pensar em algo grave, que é menos frequente.
Se você analisou da 1ª à 6ª e nada resolveu o choro dele, pense na 7ª, tem que ser dor. É hora de tentar paliar os sintomas.
Normalmente, não são dores de origem grave como para ter que levar correndo ao pediatra mas se você ver que seu bebê não melhora nada e só piora, é melhor consultar se existe um problema maior.
Veja também:
E até aqui o post desta semana.
Você incluiria algum motivo mais nesta lista? Deixa um comentário aí embaixo.